18 Maio 2021 - Dia Internacional dos Museus

Ana Mae Barbosa [i] 

We are committed to taking action and making changes that will bring racial equity to our workplace, our leadership, and our programs. (Site do New Museum of Contemporary Art. NY.)

Nestes tempos terríveis de pandemia, a questão do envolvimento, produtividade e cuidado circulou entre nós que trabalhamos em Arte e Cultura. A COVID-19 é apenas um dos vários desastres simultâneos - junto com a violência anti-negra sempre duradoura, desemprego em massa, fome, desigualdade habitacional, incêndios apocalípticos alimentados pelo agronegócio, assassinato de nosso povo nativo e a política fascista brasileira Estas questões de como e o que podemos fazer são parte do nosso momento atual. Qual é o papel do artista, do designer, do arte/educador? Como podemos servir melhor às comunidades, como a educação pode ir além do capitalismo e conquistar uma boa vida para todos?

Somos colonizados. As nossas mentes colonizadas se tornam incapazes de reconhecermos nossa cultura. Só podemos conhecer a nós mesmos no esforço de decolonização intelectual, emocional e institucional. Enquanto nossas instituições forem culturalmente colonizadas pelos códigos europeu e norte-americano branco, nossas mentes serão colonizadas pela hegemonia machista e branca. Como decolonizar os museus e as universidades, principais responsáveis pela nossa educação intelectual que as vezes pode até ser erudita, mas que gera uma formação cultural que despreza tudo que tem a ver com o povo e as massas, quando deveríamos estar tentando decodificar as variadas escolhas de públicos diversos. Os museus de Arte, com a arrogância e o poder que a História lhes confere, tem a ilusão de que ditam valores, mas em geral são dominados pelos valores capitalistas que unem os leilões aos colecionadores para precificar a Arte. A escrita universitária no Brasil é euro-étnica especialmente sobre Artes Visuais e sobre Educação. A Pedagogia tem como Santíssima Trindade as palavras cartografia, competências e habilidades. Essas palavras se vestem à moda francesa e tem o neoliberalismo nas veias.

A colonização se deu através das invasões apelidadas de descobertas e do processo de globalização por séculos, o processo foi tão pervasivo e permanente que chegou ao ponto dos colonizados assimilarem as ideias e valores dos colonizadores inconscientemente. O processo de decolonização também precisa ser constante e longo com uma diferença, os colonizadores usaram processo pouco variado, os decolonizadores precisam responder à diversidade cultural dos espaços geográficos respeitando a história de cada país, das comunidades,vencendo as desigualdades raciais e de gênero.Durante o ano de 2020 li desesperadamente, mas até para ler busco modos decolonizadores; um deles é a recusa à leitura acadêmica anotando as páginas para citar posteriormente, pensando na abominável ABNT. Foi lendo Edouard Glissant que me tornei consciente de que abrir a esfera cultural do museu sem questionar sua gestão que continua sendo dominada pelo capitalismo neoliberal continuará acentuando a demarcação entre a cultura hegemônica europeia e as culturas tradicionais dos outros povos, enquanto o neoliberalismo artificialmente impondo seus valores culturais transcende fronteiras.Infelizmente não vi a exposição Altermodern de Nicolas Bourriaud, Tate Britain, 2009, que entusiasmou Glissant mas vi outra admirada por ele a exposição Magiciens de la Terre, de Jean-Hubert Martin, Centre Georges Pompidou, 1989. Esta última foi a primeira exposição decolonial que eu tive o prazer de ver e que muito me influenciou na política intercultural que imprimi ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade São Paulo quando o dirigi.

Fui a primeira pessoa que dirigiu o MAC que não era europeu ou não tinha formação europeia. Pelo contrário, minha formação pós-graduada e profissional foi ligada a universidades norte americanas e mais especificamente à Universidade de Boston, que no fim dos anos 70 defendia o multiculturalismo. A Boston University foi a primeira universidade de brancos a aceitar alunos negros nos Estados Unidos, foi a universidade de Martin Luther King.

Quando estudei lá (1977), havia sempre na entrada da biblioteca uma exposição de objetos e documentos dos arquivos de King que foram doados à universidade.

Portanto me sentia teórica e criticamente preparada para transgredir de forma profissional a hegemonia branca e masculina. Minha tese de doutorado na BU foi baseada na Teoria da Dependência, bem nascida e interterritorial unindo Brasil, Argentina e Chile, mas que infelizmente ruiu porque alguns de seus autores e adeptos ao chegarem no poder se deixaram dominar pelo neoliberalismo globalizado e colonizador. Contudo, continuei meu processo de descolonização informada pelos pós-colonialistas como Frantz Fanon, Edward Said, Gayatri Spivak, Homi K. Bhabha, Albert Memmi, Aimé Cesaire e Paulo Freire. Essas leituras potencializavam o que eu via ser feito pelo New Museum of Contemporary Art de NY por sua diretora Marcia Tucker, de quem me aproximei a ponto de trazê-la ao Brasil para dar conferência. Com ela visitei atelieres de artistas e galerias, feliz em ter alguém que entendesse minha abordagem à política cultural de museus. A Dia Foundation também publicava livros fundamentais para a crítica ao colonialismo, ao ranço modernista e ao apego pela vanguarda.

Assim produzimos exposições interculturais todas com curadoria ou co-curadoria de mulheres, como Glaucia Amaral e May Suplicy, Arte Periférica: cobogós, latas e sucatas (outubro, 1990); Estética do Candomblé; Iconografia Indígena na Arte Contemporânea; A Mata); Conexus, curadoria de Josely Carvalho e Sara Moore (diálogo entre mulheres artistas no Brasil e nos Estados Unidos), Carnavalescos trazendo a Arte das ruas para o museu, coisa que alguns defendiam apenas retoricamente no Brasil, e a Exposição da Escola de Arte do Juqueri (1925) cujos trabalhos foram encontrados por minha aluna Heloisa Toledo Ferraz em um banheiro no prédio do asilo. Embora Pietro Maria Bardi [1] já tivesse organizado uma exposição no MASP quando a Escola do Juqueri ainda funcionava, os colonizados ridicularizaram o fato de eu ter organizado essa exposição dizendo que lugar de trabalhos de loucos não é no Museu. Colonialismo geocultural? Bardi era europeu e eu somente uma mulher nordestina com o vulgar sobrenome Barbosa. Essas exposições decoloniais me fizeram ser odiada por artistas hegemônicos, curadores do cubo branco, historiadores conservadores, trabalhadores do próprio museu educados para o código hegemônico e a maioriados ricos que mandavam nos museus. Meu sonho é que um dia alguém estude minha gestão no MAC e os preconceitos colonizadores com os quais foi recebida.

Decolonialismo não é desprezar a cultura europeia, mas considerá-la um estudo de caso e não um modelo a ser imitado. Trabalhar criticamente reconhecendo códigos híbridos ou originários de multiculturas que enriquecem nossa produção eliminando ou pelo menos estabelecendo equilíbrio valorativo entre o erudito universitário e o popular dos pobres caracteriza as curadorias culturalistas mais importantes do Brasil.

Os desaforos que ouvi deixavam que o epíteto de “louca” parecesse elogio aos meusouvidos. Ter meu nome na lista negra da autodenominada elite frequentadora de museus nada significou frente à guerra que pessoas que dominavam o sistema das Artes deflagraram contra o fato de termos conseguido conquistar as classes mais pobres como frequentadoras do Museu. Sobre a exposição Carnavalescos, que apresentava alegorias de carnaval que comentavam o universo da Arte, ao lado das decorações de Lasar Segall para os bailes da SPAM, tive de ouvir, como reação à grande visitação popular: “Ninguém que conta vem mais a este Museu!!!!” Há algum espectador que não conta para um Museu público?

A administração de museus e outras instituições culturais é responsável por proporcionar atividades que interessem, estimulem incluam diferentes públicos. Se a administração não for regida por ideologia intercultural inclusiva, as chances de operar colonizadamente são grandes.

Copiando a Europa e os Estados Unidos, os museus no Brasil, mesmo os públicos que vivem da verba dos Estados e União cortejam os ricos para fazerem parte de seus conselhos, só que no Brasil os ricos não abrem as bolsas para financiar atividades do museu. Nos Estados Unidos, o grupo ativista Decolonize This Place deu início a um debate nacional sobre a necessidade de programação inclusiva e a ética do financiamento de museus privados. Fazem manifestações em frente a Museus financiados por milionários que tem sua fortuna baseada em destruição da sociedade, de seres humanos e da natureza. Demandam mudança nas exposições de cultura nativa americana em museus, exigindo a colaboração de pessoas pertencentes às culturas representadas. Baseados no slogan Rename, Remove, Respect exigiram em 2019 que o MoMA cancelasse uma cerimônia da Brazilian-American Chamber of Commerce em homenagem ao Presidente Bolsonaro a ser realizada no prédio do museu e foram bem sucedidos.

Mas sua maior vitória foi contra o Whitney Museum. Em novembro de 2018, a Hyperallergic relatou que o gás lacrimogêneo usado em migrantes na fronteira entre os Estados Unidos e o México foi produzido pela Safariland, a fabricante de defesa liderada pelo CEO Warren Kanders, que também era vice-presidente do Whitney Museum. O grupo Decolonize This Place organizou um a série de protestos que levou oito artistas a se negarem a expor na Bienal do Whitney, o que forçou Kanders a renunciar ao cargo no museu.

Esses movimentos de dessacralização dos museus e de protesto pela submissão antiética capitalista das instituições culturais talvez tenham animado os museus a procurar seus públicos digitalmente desde o começo da pandemia e isolamento social causados pelo Corona Vírus. É verdade que os Centros Culturais partiram mais cedo para explorar as redes digitais, mas eles sempre foram mais atentos à diversidade de públicos que os museus. Há muita esperança entre os museólogos democráticos que os museus se abram a diálogos mais interculturais depois da pandemia global.

Diz Eleonora Santa Rosa [2]:

“Inaugura-se um novo tempo, tempo da arte nas ruas, da arte pública, da priorização da relação dos museus com as comunidades, do extravasamento de seus programas educativos e de formação, conectando de modo mais intenso e duradouro saúde, educação, cultura, arte, história, memória, inovação, passado, presente, futuro, tudo ao mesmo tempo agora. “Museologia à serviço da comunidade”, inversão da lógica do público com base no turismo predador, da prevalência da mentalidade mercantil em conselhos e decisões. A fadiga do modelo vigente já era evidente, assim como as fissuras do mundo dos curadores descolados da realidade, a serviço de seus enormes egos”.

Não é por acaso que as curadoras mulheres estão revolucionando a área, interdisciplinarizando, interculturalizando, pluralizando e destruindo o cubo branco, mais difícil de vencer que o muro de Berlim. A bibliografia sobre Decolonialismo nas Artes muito deve à contribuição feminista. Em São Paulo, destaco as curadoras Glaucia Amaral, pouco referida, Lilia Moritz Schwarcz, felizmente muito comemorada pois tem outras áreas de atuação mais reconhecidas pelos neoliberais, uma intelectual; a universidade que vale pouco para os mercadores mas outra poderosa, a área da produção e comercialização de livros.Destaco ainda Clarissa Martins, Ana Avelar e Renata Bitencourt, curiosamente curadoras de duas exposições do SESC, que marcam o início de uma expografia análoga as características do discurso curatorial social que praticam. A exposição de Clarissa, À Nordeste de 2018 que por sua pluralidade social arrepiou os cabelos bem penteados do sistema conservador das Artes Visuais, e a Bienal Naïfs [3] de Piracicaba em 2020 conseguiram um diálogo entre o design expositivo e a multiculturalidade das obras expostas criando uma Gestalt Expositiva, uma expografia com equivalência configuracional em relação as obras expostas. Deixemos o cubo branco para os europeus e exploremos diferenças. O alambrado e a treliça da Bienal Naifsde 2020 foram intervenções que imprimiram à exposição uma característica decolonial inquestionável.

O catálogo traz dois textos inestimáveis das curadoras para o desenvolvimento do decolonialismo no Brasil, que é até agora muito mais atuante na América Hispânica. O decolonialismo é resposta criada no bojo da sofrência colonialista da cultura da América do Sul e Central. Sem esquecer os autores pós-colonialistas, podemos agora enveredar pela leitura dos Latino Americanos decoloniais com Walter Mignolo, Enrique Dussel, Laura Catelli, Gabriela Augustowsky, Pedro PabloGómez Moreno, Nora Merlin Aníbal Quijano, que esteve no IEA/USP justamente no ano de 1992, quando eu era diretora do MAC. Muito aprendi com ele.

A tecnologia que beneficiou a relação dos museus com os seus públicos durante estes tempos de pandemia nos oferece uma visão magnifica da exposição de Renata Felinto e Ana Avelar [4]. (https://viva360.com.br/sesc/bienalnaifs/expansiva/)

Se foi a pandemia a mostrar descarnadamente a desigualdade de nosso país, a pôr sob o microscópio social a questão, foram as tecnologias digitais que permitiram dialogar acerca dos problemas mortais causados por essa desigualdade. Nos museus foram os educativos que através das tecnologias da imagem e do esforço de refazerem a relação com os públicos que estão mostrando ao mundo novas possibilidades de reorganização dialogal.

Contudo, os que mais se esforçaram são os mais atingidos pelo desemprego em todo o mundo, são os que foram demitidos durante a pandemia. Por isso, ouso aqui transcrever trechos da carta de ThomKnab, Presidente da National Art Education Association (NAEA) fundada em 1947 nos Estados Unidos. A NAEA é a principal organização norte americana dos educadores em artes visuais. Esta carta foi traduzida por José Minerini Neto a meu pedido e se encontra na íntegra no Blog AEP [5].

Carta aberta para diretores de museus, membros de conselhos de museus e líderes de organizações comunitárias

Educadores de museu são mais essenciais do que nunca

“Caros colegas,
Espero que esta mensagem os encontre saudáveis e bem, enquanto atravessam o impacto do COVID-19 em suas instituições e comunidades. Meu nome é Thom Knab, sou presidente da National Art Education Association (NAEA) e professor de artes visuais de uma escola de Ensino Fundamental no Estado de Nova York. Eu e meus alunos somos frequentadores ávidos de museus. Nós regularmente nos envolvemos com a arte e com os educadores em nossos museus locais, tanto pessoalmente quanto online, bem como com museus em todo o país por meio de suas ofertas digitais.

À medida que museus e instituições culturais fazem ajustes para atender às atuais restrições de distanciamento social, pesar prioridades e orçamentos e planejar o futuro, entro em contato com vocês para apoiar investimento contínuo em educadores de museus e programas de educação museal. Para manter os museus de arte relevantes, acessíveis e conectados à comunidade, a NAEA respeitosamente solicita que os departamentos de educação dos museus não sejam impactados negativamente mais do que outros departamentos nestes tempos de dificuldade econômica.

Durante esta pandemia, equipes de educação de museus em todo o país têm sido incrivelmente ágeis ao mudar a programação do presencial para o online. Muito do conteúdo compartilhado nos sites dos museus de arte foi desenvolvido e adaptado pelos educadores para encontrar pessoas onde quer que elas estejam. Os educadores de museus são os profissionais com profundo conhecimento da arte e da teoria da aprendizagem para criar e manter experiências virtuais envolventes para pessoas de todas as idades.

Os museus em todos os lugares estão assumindo compromissos definitivos com o trabalho pela diversidade, pela igualdade, pela acessibilidade e pela inclusão (Diversity, Equity, Accessibility, and Inclusion - DEAI). São os departamentos de educação de museus que tradicionalmente lideram esses esforços, muitas vezes fazendo durante anos este difícil e moroso trabalho. A equipe de educação do museu deve ser mantida para dar continuidade ao impulso criado e garantir que uma mudança autêntica seja possível.

Os educadores de museus têm cultivado relacionamentos com muitas facetas em comunidades há anos e esses relacionamentos precisam de cuidados contínuos para permanecerem sustentáveis. Eliminar equipes de educação em museus que facilitam essas parcerias é enviar uma clara mensagem às comunidades externas de que elas não importam. Certamente, iniciativas e práticas da DEAI fazem parte do trabalho de cada membro da equipe do museu – mas, sem a equipe de educação, os esforços, sem dúvida, serão mais demorados e com menos impacto. Educadores de museu são construtores de pontes essenciais entre comunidades e coleções.

A NAEA afirma que a excelência das equipes educacionais de museus e de seus ensinamentos são necessários para promover experiências de aprendizagem memoráveis e impactantes nos entornos dos museus. Excelentes educadores de museu usam a arte para ajudar pessoas de todas as idades, habilidades e origens a ver e compreender o mundo de várias maneiras e compartilhando conhecimentos e habilidades para se envolverem e interpretarem a arte por conta própria. Acessos facilitados pelas equipes dos museus criam mais oportunidades para a conexão pessoal e a construção de significados. Eliminar as equipes de educação dos museus significa eliminar a profunda conexão dos visitantes com as obras de arte...

...Equipes de educação de museus estão realizando habilidosa transição de pesquisas de campo presenciais oferecendo opções virtuais. Se as equipes e os programas de educação em museus forem cortados, milhares de alunos perderão os benefícios desses programas virtuais. Quando as visitas presenciais forem novamente possíveis, será difícil trazer professores e alunos de volta se eles não estiverem envolvidos com os museus durante todo o período em que estiverem fechados. Investir agora nas equipes de educação dos museus é investir em visitantes do futuro, já que pesquisas mostram que um indicador-chave para saber se um adulto que visita museus, é se ele o fez quando era estudante.

As artes têm a capacidade única de construir sólidas conexões entre comunidades. São as equipes de educação dos museus que cultivaram e facilitaram essas conexões, e precisamos delas agora mais do que nunca, especialmente para nossos alunos que enfrentam desigualdades sistêmicas, socioeconômicas, tecnológicas e geográficas.

Para a próxima geração de jovens, para quem as artes visuais fornecem uma tábua de salvação, como fizeram para mim - peço a vocês que tomem posições pela educação em museus e garantam que, mesmo em meio a decisões orçamentárias difíceis, assumam compromissos contínuos para manter educadores de museu como prioritários”.

Peço desculpas por ter desobedecido as regras gráficas de citação da ABNT , mas essa carta é tão importante que ouso recusar o recuo de espaço ao transcrevê-la.

Dirijo aos administradores de museus do Brasil o apelo de Tom Knab.

Salvem as baleias mas salvem também os educadores de museus.

Somos essenciais à vida, a biodiversidade e a diversidade cultural.


[i] Pós-doutora em arte educação - SP
[1] Durante minha direção tive grande apoio de Pietro Maria Bardi, que chegou a escrever um artigo sobre a importância do MAC na revista IstoÉ para me ajudar a conseguir verba para a construção de um prédio para o museu na Cidade Universitária, inaugurado em 1992. 
[2] Disponível em https://domtotal.com/noticia/1446733/2020/05/mudanca-de-postura-e-foco-os-museus-pos-pandemia/ consultado dia 15/7/2020.
[3] O termo Naïf é uma designação preconceituosa dos modernistas que discuto em texto no catálogo da Bienal Naïfde 2006 mas se justifica o SESC Piracicaba manter a designação em função da história da instituição.
[4]
Vejam os links https://sesc.digital/colecao/bienal-naifs-2020 e https://viva360.com.br/sesc/bienalnaifs/expansiva/ 
[5] https://arteducacaoproducoes.com.br/carta-aberta-para-diretores-de-museus-membros-de-conselhos-de-museus-e-lideres-de-organizacoes-comunitarias/


Referências

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  • BIDASECA, Karina. Voces y luchas contemporáneas del feminismo negro. Corpolíticas de la violencia sexual racializada. Texto publicado em: Afrodescendencia. Aproximaciones contemporáneas de América Latina y el Caribe. Colección de ensayos del Centro de Información de las Naciones Unidas para México, Cuba y Rca. Dominicana, en el marco del Año Internacional de los Afrodescendientes, ONU, México, 2012. Disponible en: http://www.cinu.mx/AFRODESCENDENCIA.pdf

  • CATELLI, Laura. Hacia una crítica (des)colonial. Los estudioscoloniales y elpensamientodescolonial. V Congreso Internacional de Letras, 2012. ISBN 978-987-3617-54-6 Disponível em: http://2012.cil.filo.uba.ar/sites/2012.cil.filo.uba.ar/files/0095%20CATELLI%20LAURA.pdf

  • DUSSEL, Enrique. El encubrimiento del otro. Hacia el origen del mito de la modernidad. Quito: AbyaYala, 1994.

  • FANON, Frantz. Os condenados da terra. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2010.

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  • GÓMEZ MORENO, Pedro Pablo. La paradoja del fin del colonialismo y la permanencia de la colonialidad, Calle 14: Revista de Investigación en el Campo del Arte, v. 4, n. 4, p. 26-39, 2010. ISSN-e 2145-0706. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3231097 

  • ________________________; MIGNOLO, Walter. Estéticas decoloniales. Bogotá: Universidad Distrital Francisco José de Caldas, 2012. Disponível em: <http://esferapublica.org/nfblog/esteticas-decoloniales-2/> 

  • GIUNTA, Andrea; FAJARDO-HILL, Cecilia. Radical Women. Entrevista. Disponível em: http://artishockrevista.com/2017/10/05/andrea-giunta-cecilia-fajardo-hill-radical-women/ 

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  • QUIJANO, Aníbal. Colononialidade, poder, eurocentrismo e América Latina. Buenos Aires: Clacso, 2015. 

  • SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

  • SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.


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